C. W. Ceram, o autor de Deuses, Túmulos e Sábios, não dedicou a obra apenas ao tema do título. Lendo o livro, percebe-se a grande importância dada para o esforço dos arqueólogos, tanto profissionais como amadores que se envolveram nas descobertas históricas registradas no livro.
As civilizações escolhidas na composição da obra tiveram em comum o fato de que suas descobertas envolveram vidas inteiras de dedicação, mil dificuldades, golpes da sorte ou destino. Some -se a isso as descrições não enfadonhas das construções e relíquias desenterradas, temos realmente um romance arqueológico.
A primeira parte, O Livro das Estátuas, desdobra-se na Grécia e na Itália (Herculano e Pompéia, civilizações helenísticas, Creta). A abertura do livro é como um filme de catástrofe.
O Livro das Pirâmides aborda desde a decifração dos hieróglifos egípcios até o problema do roubo de túmulos.
O Livro das Torres trata das civilizações da Babilônia e Suméria.
O Livro das Escadas comenta a decapitação sofrida pela civilização asteca, a descoberta de ruínas maias engolidas pela mata e de ruínas de civilizações mais antigas, como os toltecas. A descrição sobre os rituais religiosos é a parte mais impressionante. Quero crer que aqueles povos viviam sob o terror de uma casta religiosa. Também são comentados os possíveis motivos do abandono de cidades maias.
Cabe ressaltar que, da época do lançamento do livro até o momento, houve grandes avanços na arqueologia e alguma teoria poderá ter sido alterada e muitas descobertas acrescentadas.
